Pandemia impulsiona novas tendências e oportunidades no mercado imobiliário

Postado em 6 de outubro de 2020 por

A pandemia do novo coronavírus gerou uma crise econômica na maioria dos setores. O setor imobiliário, no entanto, foi um dos menos impactados, voltou a contratar e foi responsável por gerar e manter milhões de empregos. Especialistas armam que o ramo imobiliário tem fundamental importância para o crescimento do Brasil, em especial nesse momento de crise. Fatores como linhas favoráveis de crédito, bons preços e taxas baixas de juros são vistos como os principais aliados da retomada econômica.

Mesmo com o registro de baixa nos primeiros meses da pandemia, a procura por ofertas do setor imobiliário registrou alta no segundo trimestre do ano. Uma pesquisa da Datastore, que faz análises para o setor imobiliário, aponta crescimento de mais de 13% nas intenções de compra de imóveis em todo o País para os próximos dois anos. O aumento ocorreu em todas as regiões, com números que atingem quase os mesmos patamares de antes da pandemia de Covid-19. Segundo Marcus Araujo, CEO e fundador da Datastore, o cenário é promissor e deve continuar nos próximos meses. “Novos compradores e investidores chegaram ao mercado, impulsionando a retomada, corroborada por incorporadores e imobiliárias. O estoque já é bem baixo e o país precisa de lançamentos”, explica.

A retomada do mercado imobiliário pós-pandemia em Rio Preto e região já começou e as perspectivas são muito positivas. “A pandemia não paralisou nossos investimentos. Inauguramos nossa nova sede e estruturamos o Grupo Impperial, que agora abriga a Impperial Empreendimentos, ImpperTech e ImpperVendas. Até o m de 2020 nossa previsão de investimentos é da ordem de R$ 45 milhões com o lançamento de três novos empreendimentos”, conta Bruno Malvezzi, diretor executivo da Impperial Empreendimentos.

Para suprir a demanda em Rio Preto e região, várias outras construtoras lançaram empreendimentos mesmo após o início da pandemia, algumas delas: Hugo Engenharia, Brn Par Incorporações, MRV Engenharia, Construtora Stéfani, Setpar Empreendimentos, Garetti Desenvolvimento Imobiliário, RVE Engenharia e Emais Urbanismo.

Novas tendências do mercado imobiliário

O isolamento social deixou as pessoas mais tempo em casa e muitas passaram a valorizar características nos imóveis que antes da pandemia não eram observadas, como a importância de mais espaço e área lazer. Outra coisa que mudou o mercado imobiliário foi o aumento de trabalho em regime home oce, que faz com que as pessoas optem mais pelo conforto e não sintam mais a necessidade de morar perto do trabalho.

Essas tendências são confirmadas por uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Segundo o levantamento, a pandemia fez com que 10% das pessoas que antes procuravam apartamento passassem a querer uma casa. Outros 20 % armam que querem imóveis mais amplos. Presidente da Abrainc, Luiz Antonio França destacou que a pesquisa feita pela associação aponta que a pandemia acelerou algumas tendências, entre elas o home oce, os espaços de coworking dentro dos condomínios, as casas conectadas, a transformação das portarias em terminais de logística e a valorização de áreas verdes. “Com o uso mais intenso da moradia, as pessoas passaram a sentir muito mais necessidade de sol e claridade”, diz França.

As construtoras perceberam essas mudanças no gosto dos clientes e criaram espaços pensados e desenhados minuciosamente, visando a maior qualidade de vida dos moradores. “Especialmente o fato de as pessoas passarem mais tempo dentro de casa, tudo isso deve fortalecer ainda mais essa necessidade de as incorporadoras oferecerem produtos com o máximo de conforto e bem-estar. Esse conceito já se expressa na prática em nossos projetos há muitos anos, mas acreditamos que se tornará uma tendência mais forte para o futuro”, explica Olavo Tarraf Filho, vice-presidente da Tarraf Empreendimentos Imobiliários.

Outra tendência são bairros planejados, inspirados em exemplos americanos e europeus, que oferecem estrutura de comércio, serviços e espaços abertos e arejados com lazer. “Percebemos que o consumidor está em busca da saúde física e mental e que o contato com a natureza, pista de caminhada, academia ao ar livre, playground são levados em conta no momento de adquirir o novo lar”, detalha Calixto Neto, gestor comercial da Emais Urbanismo, que acabou de lançar um empreendimento em Bady Bassit com esse perl.

Crise como oportunidade de um bom negócio

A crise pode ser uma oportunidade, principalmente para aqueles que preferem aplicar em algo concreto. O fato de a taxa Selic alcançar um dos níveis mais baixos da história, caindo de 2,25% para 2% ao ano, mostra também que esse é um bom momento para investir em imóveis. “O dinheiro no mercado financeiro não está tendo uma rentabilidade satisfatória e os investidores estão retornando para o mercado imobiliário”, diz Claudinei Tessari, proprietário da Tessari Imóveis em Rio Preto.

Somente no primeiro semestre de 2020, os financiamentos de imóveis feitos com recursos da poupança cresceram quase 30%. Com a queda nos juros, houve aumento em mais de 20% dos financiamentos imobiliários feitos pela Caixa Econômica Federal. “O momento é ideal para investir em imóveis, as taxas de juros nunca estiveram tão baixas, os financiamentos estão muito atrativos”, arma Fábio Renato Honorato de Oliveira, proprietário da Imobiliária RR Broker, também em Rio Preto.

Além da aquisição de um imóvel gerar renda com o aluguel, muitas famílias estão tendo a oportunidade de fazer uma troca. “Muitos clientes estão aproveitando para financiar seu próprio imóvel ou mesmo fazer uma troca de um usado por um imóvel novo”, explica Jales de Freitas, que atua no ramo de imóveis há 20 anos.

Mercado aquece economia local

Enquanto o país passa por um dos períodos mais difíceis, o mercado imobiliário contribui para a retomada da economia. O setor, de forma geral, movimenta toda uma cadeia produtiva, desde a construção da casa própria até os ramos de decoração e móveis. De acordo com os últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), apenas em julho deste ano, a construção civil gerou mais de 41 mil novos postos de emprego no País.

Uma prova do quanto esse seguimento se movimentou no último período, mesmo considerando a pandemia, são os investimentos em publicidade para divulgar novos empreendimentos e áreas ligadas a isso. “No Grupo Diário da Região, do mês passado para esse mês, tivemos um crescimento de 113% nas vendas de publicidade para clientes ligados ao mercado imobiliário”, contabiliza Andréia Lorigiola, gerente comercial do Grupo.

São várias plataformas oferecidas para os clientes do ramo: portal Diário Imóveis, portal Diário da Região, redes sociais e Revista Classicados, essa última considerada a joia para os anunciantes desse mercado. “Nós, do Grupo Diário da Região, oferecemos múltiplas plataformas, que atendem o mercado imobiliário e que têm dado excelentes resultados aos anunciantes”, completa Gabriel Vital, editor do Núcleo de Mídias Digitais.

Por: Vanessa Mauri

Fonte: Diário da Região