6 Lições do design escandinavo para interiores

Postado em 10 de março de 2022 por

É curioso pensar como uma região geográfica tão pequena tenha uma influência tão marcante no design, desde o meio do século XX e continuando em voga por todo o mundo atualmente. O design escandinavo é conhecido por unir simplicidade, craftsmanship, elegant functionality e quality materials. A sofisticação fica a cargo dos detalhes e seus mobiliários caracterizam-se pelas dimensões bem estudadas, economia de materiais e o não excesso de informações. De fato, há inclusive um termo dinamarquês e sueco que define a filosofia: “hygge” diz respeito ao aconchego que proporciona a sensação de bem-estar e contentamento. Mas de que forma podemos incorporar algumas lições do design escandinavo para que nossos projetos de interiores possam tornar-se mais aconchegantes e confortáveis?

Mobiliários flexíveis

Se pensamos que “menos é mais”, o ideal é que nossos objetos possam cumprir o máximo de funções. Isso é notável no design escandinavo. Sejam simples poltronas que rotacionam permitindo diversas interações, luminárias móveis que criam múltiplas atmosferas ou mesmo sofás modulares que trazem diversas possibilidades de uso, em que uma peça permite que pessoas se sentem olhando para direções distintas. A modularidade e funcionalidade desempenham função primordial para tornar os ambientes mais flexíveis e capazes de receber diversas funções e usos. Por exemplo, a mesa de centro Chiva oferece uma solução de armazenamento oculto junto com um mecanismo de elevação para os tampos finos da mesa para fornecer uma melhor altura para uso.

Por estar em uma latitude alta, o ângulo de inclinação do sol na Escandinávia é baixo. Isso confere à região, sobretudo no verão, uma luz suave, lavada, mais puxada ao branco, muito copiada em filtros para fotografias e vídeos. As edificações, por sua vez, são conhecidas por aproveitarem esta iluminação natural da melhor forma, com grandes aberturas de janelas e claraboias. É impossível substituir o aconchego e o brilho que um ambiente com boa iluminação natural possui, e a forma como ela interage com os objetos e os materiais. Aproveitar a iluminação natural sempre que possível irá melhorar os seus interiores mas, para os períodos noturnos, a iluminação artificial também desempenha papel fundamental, conferindo aconchego e calma aos interiores. Para que o resultado seja o mais satisfatório possível, é imprescindível que a iluminação seja bem pensada e calculada. Luzes mais quentes, iluminação indireta e luminárias espalhadas pelo ambiente são capazes de criar uma atmosfera agradável aos interiores.

Materiais naturais são únicos

Por mais que existam diversas tecnologias atualmente para replicar a estética e até a textura dos materiais naturais, é muito difícil competir com as particularidades de uma peça de madeira sólida ou mesmo de uma chapa de aço oxidado. Incorporar materiais naturais ou aparentes, sempre que possível, confere personalidade ao espaço e texturas mais complexas.

O poder das cores

Cores sóbrias geralmente dominam as paletas de cores do design escandinavo. Mas isso não quer dizer que não haja espaço para contrastes de cores mais abertos e divertidos. O equilíbrio é a chave para um bom resultado. Outro componente marcante é o uso ousado de cores escuras. Ao absorver mais luz, o preto ou outros tons escuros trazem aconchego e, ao mesmo tempo, sofisticação a um espaço. Sobriedade de acabamentos e contrastes de texturas Engana-se quem pensa que design escandinavo é sinônimo de frieza. O tratamento cuidadoso de cada uma das superfícies presentes em um projeto faz uma diferença significativa na forma como as pessoas se sentirão no ambiente. Misturar texturas naturais como couro e algodão com metal, por exemplo, pode criar sofisticação e um contraste agradável. Tapetes e texturas ásperas podem trazer mais aconchego e conforto às residências, mas até mesmo aos interiores públicos, como lojas ou aeroportos.

Qualquer estilo desde que seja seu

A versatilidade define o que são os interiores de inspiração escandinava. É possível utilizar os mesmos móveis para criar inúmeras possibilidades de interiores, alterando acabamentos e combinando outras superfícies e arranjos de móveis. A sobriedade da maioria das peças permite ao designer brincar, incluindo também outros itens com desenhos mais ousados ou texturas diferentes.

Fonte: Archdaily