Postado em 19 de dezembro de 2025 por sn-admin

Celebrada como um avanço tecnológico capaz de transformar profundamente todos os setores da sociedade, a inteligência artificial generativa também levanta alertas importantes sobre seus efeitos na forma como pensamos. E esses impactos sobre a cognição humana nem sempre são positivos.
Um estudo recente do MIT analisou a atividade cerebral de três grupos de jovens durante a produção de textos. Um grupo utilizou o ChatGPT, outro recorreu ao Google e o terceiro escreveu apenas com base no próprio raciocínio. Os resultados chamaram atenção: os participantes que usaram o ChatGPT apresentaram menor ativação cerebral e desempenho inferior nos aspectos neurológico, linguístico e comportamental.
Ao delegar tarefas cognitivas à IA — seja por falta de tempo ou pela facilidade de obter respostas prontas — corremos o risco de enfraquecer nossa soberania cognitiva, ou seja, a capacidade de pensar, decidir e criar de forma autônoma. Esse conceito, assim como as ameaças que o cercam, é o foco do estudo “Soberania Cognitiva na Era da IA”, publicado em novembro pela consultoria White Rabbit, em parceria com a TALK INC e com apoio da Fundação Itaú.
O tema também ganhou destaque no episódio mais recente do videocast Drafters, em 2025. Nele, Vanessa Mathias, cofundadora da White Rabbit, conversa com a repórter Maisa Infante sobre o que a levou a se aprofundar no assunto, quais são os seis chamados “riscos civilizatórios” associados ao uso indiscriminado da inteligência artificial e quais estratégias podem ajudar a preservar nossa autonomia intelectual em um mundo cada vez mais mediado por algoritmos.
Fonte: Projeto Draft

