Postado em 17 de outubro de 2025 por sn-admin
A crescente popularização das plataformas digitais e a mudança nos hábitos de consumo de viagens e trabalho impulsionaram o aluguel por temporada — ou short stay — a se tornar um dos ativos mais estratégicos e rentáveis do mercado imobiliário brasileiro.
O que antes era uma modalidade restrita a destinos litorâneos, hoje se consolida em grandes centros urbanos, atraindo investidores com a promessa de lucros significativamente superiores aos do aluguel tradicional de longo prazo.
1. O Aluguel de Temporada como o “Novo Ouro”
O aluguel de curta duração deixou de ser apenas uma alternativa de hospedagem para se tornar um investimento de alto retorno. Estudos apontam que, em cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo, a rentabilidade anual do short stay pode ser duas a três vezes maior do que a locação residencial convencional, chegando a ultrapassar 18% em bairros premium.
Fatores Chave da Alta Rentabilidade
Preço por Diária: O valor cobrado pela diária ou semana, especialmente em períodos de alta temporada ou grandes eventos, é muito superior ao proporcional de um aluguel mensal fixo.
Gestão Dinâmica: A capacidade de ajustar os preços em tempo real, baseada na demanda (ofertada pelas plataformas digitais), maximiza os lucros.
Forte Demanda: Impulsionada pelo aumento do turismo, o crescimento de nômades digitais e a demanda por estadias corporativas ou de saúde em grandes centros urbanos.
2. Expansão e Impacto no Mercado Brasileiro
O modelo short stay está se espandindo rapidamente, saindo do litoral e conquistando grandes capitais
Centros Urbanos: Cidades como São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre registraram um aumento expressivo no número de moradias destinadas ao aluguel por temporada.
Investimento Estratégico: O Brasil se consolidou como um dos maiores mercados para anfitriões em plataformas globais, reforçando a confiança dos investidores nacionais e internacionais no setor.
Incorporadoras e Fintechs: A alta rentabilidade atraiu a atenção de incorporadoras e empresas de tecnologia (fintechs), que estão lançando empreendimentos (principalmente studios e apartamentos compactos) já projetados para a gestão e rentabilização via short stay.
3. Vantagens Além do Lucro (Flexibilidade e Patrimônio)
Para o proprietário, o modelo de locação por temporada oferece benefícios que o aluguel tradicional não tem
Vantagem: Flexibilidade de Uso
Descrição: O proprietário pode bloquear a agenda e utilizar o imóvel para si mesmo em períodos de férias ou lazer, algo impossível na locação de longo prazo.
Vantagem: Maior Controle
Descrição: A alta rotatividade exige manutenção e limpeza constantes, o que, paradoxalmente, garante a melhor conservação e o bom estado do imóvel.
Vantagem: Valorização
Descrição:Imóveis em regiões com alta demanda por short stay tendem a se valorizar mais rapidamente no mercado, somando ganho de capital à receita dos aluguéis.
4. Riscos e a Necessidade de Gestão Profissional
Apesar da alta lucratividade, o aluguel por temporada exige uma gestão ativa. Os investidores devem estar atentos aos desafios
Sazonalidade: A rentabilidade pode flutuar, com períodos de vacância na baixa temporada.
Custos de Gestão: É necessário cobrir despesas de limpeza, manutenção frequente e taxas de plataforma.
Regulamentação: Há um debate jurídico constante sobre a legalidade e as regras de condomínios para este tipo de locação.
Portanto, o sucesso no short stay exige uma análise criteriosa da localização e, muitas vezes, a profissionalização da gestão (terceirizando a operação de check-in, precificação e limpeza), garantindo que o investimento seja de fato um ativo estratégico e rentável.
Fonte: Capitalist
