Postado em 5 de outubro de 2020 por sn-admin
Por José Miguel Morgado*
A impermeabilização tem a função de impedir a passagem indesejável de fluidos e principalmente da água e vapores, permitindo a funcionalidade e durabilidade da construção, além de proteger dos inúmeros problemas patológicos que poderão surgir com a infiltração e outros componentes agressivos da atmosfera (gases poluentes, chuva ácida, ozônio), que contribuem para a deterioração e degradação.
Muitos casos de problemas com infiltrações, eflorescências e vazamentos são consequências da ausência do projeto de impermeabilização. Segundo o Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI Brasil) estima-se que os serviços executados depois de constatado o problema podem representar de 10 a 15% do custo total da obra, podendo chegar a 50% em casos de grave recuperação estrutural. O montante dos gastos de recuperação e manutenção podem superar 2,5% do PIB, segundo estimativas do mercado. Em muitos casos a origem é devido à ausência ou inadequada impermeabilização.
Dados do IBI Brasil apontam que a umidade corresponde por é um dos problemas mais encontrados nas construções brasileiras. Causada pela infiltração de água, é um dos problemas mais frequentes nas edificações, podendo causar problemas a saúde dos moradores.
A impermeabilização também é considerada um dos sistemas de proteção da edificação que garante aos seus elementos total segurança para a estrutura, como também para seus usuários. Ao surgirem manifestações patológicas referentes às infiltrações, o sindico ou o proprietário do imóvel deve consultar um projetista para aferição da gravidade do problema e avaliar suas causas e consequências, bem como realizar um projeto com a especificação detalhada e correta das soluções.
No Brasil, as primeiras normas foram elaboradas por técnicos em impermeabilização em 1977. Neste período, com o inicio da construção do Metrô de São Paulo, os técnicos brasileiros receberam as especificações da Europa, baseadas em normas alemãs. A partir daí surgiu o CB-022 Comitê Brasileiro de Impermeabilização.
As normas de execução abordam desde como preparar o substrato até a aplicação e proteção de cada tipo de impermeabilização, apresentando, também como deve ser o projeto, que é dividido em três fases; estudo preliminar, projeto básico de impermeabilização e projeto executivo de impermeabilização e o que cada um deve conter. Entretanto, o IBI Brasil aconselha que o projeto de impermeabilização deve ser feito por um profissional qualificado e habilitado. O IBI possui em seu quadro de associados, escritórios de projeto de impermeabilização espalhados pelo Brasil em https://ibibrasil.org.br/empresas-associadas/.
*José Miguel Morgado é graduado em Engenharia Civil pela FAAP com MBA do Varejo de Material de Construção pela FAAP e em Negócios e Inovação pela Barry University e University of Nevada – Estados Unidos. Ele é diretor executivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização e consultor na empresa Morgado Consultoria para assuntos como: Marketing, Comunicação, Vendas, Negociação e Motivacional, entre outros assuntos.
Fonte: IBI