Postado em 7 de dezembro de 2020 por sn-admin
Em outubro, o segmento registrou 2,73%, no Amazonas, com a maior alta deste ano, superando a média nacional de 1,71%
Fora das expectativas, o setor da Construção Civil apresentou um crescimento de 2,73% em outubro deste ano no Amazonas, superando a média nacional, que registrou 1,71% de crescimento. Com a maior alta de 2020, o segmento também ultrapassou o percentual de 1,21%, em setembro. Os dados são do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Representantes do setor no estado explicam que o aumento da demanda foi primordial para a ascensão do mercado.
Segundo o engenheiro civil manauara, Wilson Yanai, a crise gerada pela pandemia, não afetou a área de construção, mas despontou dificuldades na compra dos insumos. “Felizmente, não tivemos meses ruins, na verdade, estão aparecendo vários serviços. O único problema está sendo encontrar matéria-prima para suprir as demandas, já que o mercado está defasado de estoque”, contou o representante da UP Engenharia.
O engenheiro contou ainda que, os orçamentos dos clientes, que estavam parados, começaram a ser fechados com a empresa na pandemia, por isso, sua empresa não foi atingida com a crise, pelo contrário, houve uma grande demanda por conta dos clientes desejarem melhorar a infraestrutura de suas residências.
De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM), Frank Souza, o mercado imobiliário foi o setor com a melhor performance na economia. “Em outubro deste ano, a área teve um aumento de 10% no número de lançamentos, 20% no de vendas e 12% nas unidades vendidas a mais, se comparado com outubro de 2019”, informou.
Com a ascensão no ramo, consequentemente, a Construção Civil também registrou um aumento. O presidente ainda prevê maior alta nos contratos e um cenário positivo para os proprietários. “Outra característica que esse mercado puxa, é o número de contratados na Construção Civil. Tivemos uma queda em abril e maio, porém, o mercado vem se superando. Outro ponto positivo, é a confiança dos empresários no ramo, que está em 56.8 pontos, ou seja, o melhor índice de otimismo dos últimos tempos”, revelou Souza.
Somados ao aumento do consumo, com empregados e empresários trabalhando em casa, os mesmos sentiram a necessidade de melhorar o home office e alguns ambientes do lar. Souza ainda mencionou que a ajuda do Governo Federal também contribuiu para esse poder de aquisição, gerando maior procura pelos insumos e o aumento do preço.
“Todos esses fatores trouxeram um problema em relação ao declínio dos contratos já firmados para qualquer tipo de obra. No presente momento, essa conta não fecha mais. Lembrando que, no Norte, temos um preço melhor do que o Sul e Sudeste, mas com uma logística mais dificultosa e uma renda menor. Esse desequilíbrio está em todos os contratos, tanto em obras públicas e privadas. Vamos ter uma tarefa árdua em 2021 para tentar equilibrar”, analisou o presidente do Sinduscon.
Ao registrar 2,73% de crescimento no ramo, o Amazonas ficou na quarta posição entre as outras unidades da federação com maior reajuste. “Os menores índices foram os dos estados de Amapá, com 0,97%, Maranhão com 0,82%, e, Mato Grosso, com 0,74%. E os maiores foram os dos estados do Sergipe, com 3,24%, Bahia, com 2,93% e Pernambuco, com 2,91%”, demonstrou a pesquisa do IBGE.
Fonte: emtempo