Postado em 4 de março de 2021 por sn-admin
Presidente americano escolhe peças que enaltecem a ciência e a luta pelos direitos civis. Também se desfaz do botão vermelho que Trump tinha para que lhe trouxessem Coca-Cola
Enquanto o mundo presta atenção nos decretos que o presidente Joe Biden assinou em suas primeiras horas na Casa Branca, o mandatário democrata também aproveitou, como é habitual nas novas Administrações, para mudar a imagem de um dos lugares que melhor simbolizam o poder nos Estados Unidos, o Salão Oval. O novo inquilino quis transmitir uma mensagem, e escolheu peças de arte com o objetivo de homenagear a luta pelos direitos civis, a unidade e a ciência.
Em uma estante atrás dele, Biden colocou uma série de fotos de sua família, acompanhados de um busto de bronze do histórico líder sindical de origem mexicana César Chávez. Ao fundo, já não está o retrato de Andrew Jackson, sétimo presidente do país, um populista que desterrou a ação cherokee e a quem Donald Trump admirava. Agora há um quadro de um dos fundadores do país, o cientista Benjamin Franklin, perto de uma pedra lunar, indicando a importância que este Governo quer dar à ciência. Além disso, como informa a rádio Times, Biden se desfez do botão vermelho que Trump tinha na escrivaninha e, quando o apertava, logo aparecia um mordomo com uma Coca-Cola Light.
Com o país mergulhado em uma crise social, que no ano passado foi palco dos maiores protestos raciais em meio século, Biden colocou bustos do reverendo Martin Luther King e de Robert F. Kennedy sobre a chaminé, segundo o The Washington Post, que teve acesso à sala. Também há bustos da lendária ativista dos direitos dos negros Rosa Parks, do presidente que lançou o Plano Marshall, Harry S. Truman, e de Eleanor Roosevelt, que foi primeira-dama e defensora dos direitos da mulher. Um busto que Trump havia colocado de volta na mesa e do qual Biden decidiu abrir mão é o de Winston Churchill.
No Salão Oval que Biden ocupa desde quarta-feira também permanecem algumas coisas de outras Administrações, como as cortinas, que são as mesmas desde Bill Clinton, segundo o The Washington Post. Mas desapareceram as bandeiras dos diferentes corpos das Forças Armadas que Trump escolheu em janeiro de 2017. E a poltrona presidencial foi trocada. O tapete principal agora é o azul com detalhes florais da Administração Clinton.
Continua no lugar a escrivaninha Resolute com que a rainha Vitória presenteou em 1879 o presidente Rutherford Hayes. Recebeu o nome do navio britânico de onde saiu sua madeira e é um dos objetos que mais resistiu às mudanças. A última vez que saiu foi depois da morte do John F. Kennedy. Jimmy Carter recuperou a escrivaninha em 1977 e desde então ela tem sido usada por todos os presidentes.
Fonte: El País