Postado em 25 de abril de 2022 por sn-admin
Muito além de mobiliários bonitos e obras de arte, coworkings usam tecnologia e equipes multidisciplinares para criar projetos de design funcionais e inspiradores
No atual contexto sociocultural do mercado de trabalho, escritórios compartilhados precisam ser mais do que espaços bonitos. Eles precisam atender às necessidades dos profissionais de um mercado pós-pandemia e traduzir a cultura das empresas que os ocupam. Segundo a pesquisa Redefinindo os Modelos de Trabalho na América Latina, da WeWork em parceria com a HSM e apoio da consultoria Egon Zehnder, 52% dos executivos na América Latina dizem que o escritório do futuro não é um único local, mas uma rede de espaços e serviços que deve incluir locais projetados para a realização de tarefas específicas, como trabalho focado, brainstorming de equipes, apresentações para clientes, treinamento de funcionários e reuniões.
Para alcançar essa finalidade, equipes multidisciplinares passam a fazer parte de projetos de design, de forma a encontrar soluções funcionais baseadas em dados. Diretora de Design na WeWork para a América Latina, María Laura Dalul conta que as equipes que lidera são compostas por arquitetos, designers de interiores, gerentes de projetos, artistas gráficos e especialistas em tecnologia da informação e em design technology.
“Por meio de uma análise profunda dos dados sobre como nossos membros vivenciam e se relacionam em cada um dos nossos prédios, entendemos quais aspectos funcionam, quais são as tipologias de salas de reunião usadas com mais frequência, quais áreas comuns os usuários preferem em certos horários do dia, e se preferem almoçar dentro ou fora, entre outras situações”, diz a executiva. Os dados a que ela se refere são originados pelos usos e fluxos de membros das mais de 700 unidades da WeWork em 37 países.
Espaços personalizados
Espaços físicos podem atuar como um elemento para inspirar, envolver, criar e promover a interação. Na WeWork, María Laura conta que o design de interiores de cada prédio é único à sua própria maneira. “Incorporamos componentes culturais locais à nossa estratégia de design de interiores para que, por meio de uma curadoria de texturas, cores, mobiliário, iluminação, arte e acessórios, os espaços sejam aconchegantes e próprios de cada localização. As paisagens, a luz natural, a incorporação de plantas e a proporção correta entre áreas internas e externas, públicas e privadas, também são aspectos-chave de nosso design”, explica a profissional.
Cada uma das mais de 700 unidades da WeWork ao redor do mundo – 32 no Brasil – é personalizada, mas também segue algumas diretrizes de estilo da marca, o que faz com que haja uma identidade visual internacional. María Laura explica que a marcenaria, o posicionamento de arte e acessórios, a combinação de diferentes tipos e tamanhos de peças de mobiliário, a iluminação, e certas combinações de tecidos e acabamentos são alguns dos padrões provenientes da direção estética global.
Com 81% dos profissionais da América Latina considerando o modelo híbrido o mais indicado para o mercado de trabalho pós-pandemia, segundo dados da pesquisa da WeWork, os escritórios voltam a ganhar protagonismo. Mas não bastam cadeiras e mesas, o desejo é por espaços confortáveis e criativos. A diretora de design adianta algumas tendências de decoração para os escritórios pós-pandemia: “estética confortável e funcional, tanto nos espaços interiores como nos exteriores; presença de arte e plantas indoor; e materiais autênticos.
Além disso, em um período pós-pandêmico, as pessoas procuram muito espaços ao ar livre para trabalhar, mas também para meditar, relaxar após um dia cansativo e comemorar conquistas. Plantas e móveis confortáveis para descansar, admirar a vista e ter reuniões de equipe serão cada vez mais demandados”. De volta ao escritório, sim, mas em um ambiente inspirador, com plantas e muito espaço ao ar livre também.
Fonte: Casa Vogue