Postado em 11 de julho de 2022 por sn-admin
Construções sustentáveis são todas aquelas que utilizam técnicas ecológicas para a criação de empreendimentos, tanto residenciais como comerciais, criando harmonia e respeito com a natureza.
Por conta do alto impacto provocado no meio ambiente, as formas de se construir começaram a ser revistas, e a ideia de investir em sustentabilidade começou a se mostrar como uma verdadeira necessidade.
Nesse cenário, as construções sustentáveis vieram para ficar. Como uma maneira inovadora de misturar design de qualidade com materiais ecológicos, alguns arquitetos já entendem esse movimento de migração.
Construções sustentáveis são todas aquelas que utilizam técnicas ecológicas para a criação de empreendimentos, tanto residenciais como comerciais, criando harmonia e respeito com a natureza.
O que deixou de ser tendência virou regra para as construções de um arquiteto em Botucatu (SP). Por fora, as casas chamam a atenção pelo visual rústico e diferente das casas convencionais de concreto ou grandes edifícios. Por dentro, o conforto e sustentabilidade estão juntos no mesmo ambiente.
No sítio do arquiteto Tomaz Lotufo, de 46 anos, que faz parte de um grupo colaborativo de arquitetura, são pelo menos 11 projetos de moradia sustentável. Toda a matéria-prima vem da natureza: desde as paredes e a madeira no teto até a tinta, feita com uma mistura de terra.Por conta do alto impacto provocado no meio ambiente, as formas de se construir começaram a ser revistas, e a ideia de investir em sustentabilidade começou a se mostrar como uma verdadeira necessidade.
Nesse cenário, as construções sustentáveis vieram para ficar. Como uma maneira inovadora de misturar design de qualidade com materiais ecológicos, alguns arquitetos já entendem esse movimento de migração.
Construções sustentáveis são todas aquelas que utilizam técnicas ecológicas para a criação de empreendimentos, tanto residenciais como comerciais, criando harmonia e respeito com a natureza.
O que deixou de ser tendência virou regra para as construções de um arquiteto em Botucatu (SP). Por fora, as casas chamam a atenção pelo visual rústico e diferente das casas convencionais de concreto ou grandes edifícios. Por dentro, o conforto e sustentabilidade estão juntos no mesmo ambiente.
No sítio do arquiteto Tomaz Lotufo, de 46 anos, que faz parte de um grupo colaborativo de arquitetura, são pelo menos 11 projetos de moradia sustentável. Toda a matéria-prima vem da natureza: desde as paredes e a madeira no teto até a tinta, feita com uma mistura de terra.
Isolamento térmico
Alguns projetos de arquitetura sustentável são ótimas opções de construção para melhorar o isolamento térmico durante o inverno e, principalmente, proteger o meio ambiente. O uso de energia solar e materiais recicláveis são exemplos de ações sustentáveis.
Em relação a este conforto térmico, o arquiteto explica que a terra funciona como isolante pela baixa variação térmica.
“Se colocarmos um termômetro no ambiente, suponhamos que ele vai medir em torno de 37°C em um dia de verão. Ao contrário, em um dia de inverno, ele mede em torno de 6°C. Agora, se cavarmos um buraco de 1,5 metro na terra, em um dia de verão ele mede 25°C e, em um dia de inverno, em torno de 18°C. Ou seja, a amplitude térmica é baixa”, explica.
Segundo Tomaz, a terra tem uma característica de inércia térmica que promove esse conforto. No caso, as casas feitas com os materiais provenientes da terra são essenciais em climas tropicais como o da região de Botucatu.
O tijolo adobe, por exemplo, um dos mais antigos no mundo, foi substituído ao longo dos anos pelo concreto, mas ainda é necessário quando pensamos no meio ambiente. O material é feito de terra, água e fibras naturais.
Quartos, salas, cozinhas e até bibliotecas: ambientes planejados e pensados para não agredir o meio ambiente. Ideias que, inclusive, podem ser levadas para grandes centros urbanos.
As matérias-primas ecológicas são as protagonistas para dar forma às construções sustentáveis. Para serem efetivas, elas precisam contar com boa resistência e durabilidade. Na visão de Tomaz, a casa ecológica é tida como organismo vivo, uma manifestação de energia em constante ciclo de renovação.
Bambu, madeira de demolição, adobe de argila, telhado verde, cob (mistura de barro com fibras vegetais sovadas muito usado na Inglaterra) e calfetice (barro, cal, cimento e fibra vegetal misturados) são exemplos de materiais ecológicos que podem ser muito bem utilizados pelos arquitetos.
“Eu vi uma pesquisa italiana de produção de tinta, a de látex com solvente. Na pesquisa fala que, para você produzir 100 quilos de tinta, você tem 700 quilos de resíduos químicos, não biodegradáveis, ou seja, não tem destino. Não tem como a humanidade dar certo desse jeito”, lamenta.
Modelo de negócio
O arquiteto ainda aproveitou para explicar como os projetos sustentáveis também fazem parte de um modelo de negócio, ou seja, o ciclo de produção da matéria até o produto final. Conforme Tomaz, a produção da matéria-prima ecológica não gera resíduos.
Uma preocupação que se deve ter em uma construção sustentável é o destino correto dos resíduos gerados na própria obra. O cuidado vai desde a estocagem dos materiais, que têm de ser protegidos sem risco de quebra ou perda, até o reaproveitamento da madeira e outros materiais.
“A produção dos componentes estruturais, viga, pilar, por exemplo, pode acontecer muito próximo de onde um bambu foi colhido. Não tem poluição, desperdício energético, e os recursos ficam no local. Não tem necessidade de ir até um polo industrial”, pontua.
Um exemplo é o projeto intitulado “Casa Viva”, que foi idealizado em São Paulo, no Butantan, e é montado com restos de madeira de demolição (veja acima).
Outro exemplo é um projeto de casa feita de pau a pique. Neste caso, a residência é compacta, elevada e feita com madeira de demolição (veja abaixo). Os painéis são feitos com caibro e o revestimento é cal e areia, ou seja, sem o uso de cimento.
Fonte: G1