Postado em 2 de março de 2023 por sn-admin
Os quatro escritórios brasileiros premiados – LEVANTE, Gustavo Penna, MMBB Arquitetos e JPG.ARQ – representam a boa arquitetura
Os vencedores do Building of the Year 2023 foram finalmente anunciados! Prêmio promovido pela plataforma ArchDaily, o Building of the Year revela, todos os anos, as 15 melhores obras de arquitetura publicadas em 2022. Entre os milhares de projetos inscritos, são os leitores do portal que votam e elegem os favoritos do ano. “O reconhecimento da profissão vai além de suas fronteiras habituais e é capaz de motivar, alegrar e emocionar um número cada vez maior de pessoas que entendem a importância de nosso ambiente construído e seu impacto na qualidade de vida das pessoas”, escreveu o ArchDaily Brasil.
Entre a lista de vencedores, quatro são brasileiros: os escritórios paulistas MMBB Arquitetos e JPG.ARQ, que junto do argentino Ben-Avid desenvolveram o Pavilhão Brasil na Expo Dubai 2020; o Coletivo LEVANTE, focado na elaboração de projetos em favelas e periferias, que venceu com o projeto de uma casa em Belo Horizonte; e o escritório Gustavo Penna Arquiteto e Associados, do elenco CASACOR, que construiu uma fábrica de café em Minas Gerais. O grupo faz do país a nação a levar mais prêmios nesta edição do prêmio, apenas ao lado da China. Segundo o portal, “os vencedores são um exemplo concreto do que a sociedade reconhece como boa arquitetura, mas também do que se exige dela”.
A seguir, conheça um pouco dos projetos premiados!
Casa no Pomar do Cafezal, por Coletivo LEVANTE
De longe, não há diferença na amálgama de construções de tijolos cerâmicos aparentes do Aglomerado da Serra, favela em Minas Gerais onde está localizada a casa. Porém, basta um olhar mais cuidadoso para perceber que a Casa no Pomar do Cafezal, a segunda obra realizada pelo coletivo LEVANTE, apesar de apresentar um modelo construtivo com materiais bastante comuns às favelas, se diferencia graças à atenção cedida à iluminação e à ventilação, o que resultou em um espaço com grande qualidade ambiental.
Erguida em um terreno angulado, de aproximadamente 70 m², a casa foi construída a partir de dois módulos estruturais de 3×3m divididos em dois níveis. O projeto venceu na categoria Casas do prêmio Building of the Year 2023.
O LEVANTE é um grupo de arquitetos, estudantes e engenheiros liderado por Fernando Maculan e Joana Magalhães que tem como objetivo elaborar projetos, trazer fornecedores e patrocinadores para a arquitetura de favelas em Belo Horizonte.
Sede Carmo Coffees, por Gustavo Penna Arquiteto e Associados
Localizado em uma área estratégica, em Minas Gerais, o projeto se destaca da paisagem por seu visual marcante. Trata-se da sede Carmo Coffees, projeto encabeçado pelo renomado arquiteto Gustavo Penna e seu grupo de associados. Vencedor na categoria Arquitetura Industrial do prêmio Building of the Year 2023, a fábrica se caracteriza por sua forma côncava voltada para dentro, que foi aberta no topo como uma clarabóia, garantindo a entrada de luz do sol durante o dia e, à noite, a expressão da luz interior.
Principal produto da economia do Brasil Colônia, o café era cultivado primariamente em Minas Gerais, região onde as condições climáticas e do solo impulsionavam o cultivo do grão. Neste sentido, a nova sede da Carmo Coffees pretende tornar o produto um símbolo, prestando respeito à história do café na região e em todo o Brasil.
Pavilhão Brasil na Expo Dubai 2020, por MMBB Arquitetos + Ben-Avid + JPG.ARQ
O projeto do Pavilhão Brasil na Expo Dubai 2020 é uma representação das águas brasileiras – seus rios e manguezais, herança natural que fundamenta todo o discurso sobre sustentabilidade no
planeta. Com sua estrutura de aço tensionado e tecido branco leve, o pavilhão é um tecido sobre o qual vídeos são projetados, criando uma atmosfera imersiva de imagens, sons, aromas e temperaturas variáveis, sobre uma área de águas rasas e onduladas por onde os visitantes do pavilhão podem andar.
Comandada pelos brasileiros MMBB Arquitetos e JPG.ARQ, ao lado do argentino Ben-Avid, a estrutura de tração do pavilhão soma 48 metros de largura e 18,5 metros de altura. Durante o dia, a estrutura sombreia e protege as águas; ao entardecer, faz do pavilhão um cubo luminoso e flutuante. Imerso em projeções, sons, vapores e aromas sutis, esse espaço forma a essência da experiência museológica proposta.
Fonte: CasaCor