Postado em 14 de março de 2023 por sn-admin
Há décadas Curitiba é reconhecida pela qualidade da arquitetura construída ou projetada na cidade. Desde os parques que se tornaram os cartões-postais da capital na era Jaime Lerner aos concursos que levaram nomes de profissionais e escritórios curitibanos para todos os cantos do mundo – chegando até a Antártida -, a cidade colecionada obras públicas e privadas cuja linguagem arquitetônica as poderia inserir em qualquer endereço, no Brasil ou no exterior.
Um exemplo é o edifício Oxi. Localizado no bairro Bigorrilho, o prédio completa dez anos de sua ocupação em 2023 com soluções e escolhas de materiais que conferem sustentabilidade, funcionalidade e apelo estético ao edifício, assinado pela Luiz Volpato Arq.
“A ideia era ter um espaço que tivesse forte relação com a rua, no qual os colaboradores pudessem pensar a arquitetura e o projeto para o terceiro a partir da interferência da rua. E, para isso a transparência é fundamental”, lembra o arquiteto Luiz Volpato, do escritório homônimo, com endereço no edifício.
Assim, o vidro é protagonista no projeto, aparecendo a partir de grandes aberturas que colocam os profissionais e quem circula pelo edifício em contato visual direto com o ambiente externo – até o elevador conta com paredes envidraçadas – e vice-versa.
“Essa conexão cria um ambiente inspirador e, além de permitir o máximo aproveitamento da luz natural, o vidro é um material que não requer manutenção além das limpezas normais, como ocorre com os demais materiais escolhidos para o projeto”, explica o arquiteto ao referenciar o uso expressivo do aço e do concreto, que completam os três materiais que caracterizam a edificação.
A opção pelo metal decorreu da possibilidade de se trabalharem grandes vãos no projeto com o menor volume estrutural, uma vez que a ‘leveza’ da estrutura compõem com a proporcionada pelo uso do vidro. O concreto, por sua vez, entrou na composição da fundação e lajes, ficando praticamente imperceptível. Outro ponto que favoreceu tal escolha é o fato de que, além do escritório de arquitetura, o edifício abriga dois outros escritórios de projetos estruturais, um especializado em estruturas de concreto (AS Estruturas) e, outro, metálicas (Andrade Rezende Engenharia de Projetos), que assinam conjuntamente com a Luiz Volpato Arq o projeto do Oxi a partir dos profissionais Shido Ogura e Aurelio Franceschi e Jeferson Andrade.
Programa
Distribuído em dois blocos unidos por uma abertura central, que guarda a recepção e o elevador panorâmico que garante a circulação vertical entre os escritórios, o Oxi conta com dois pavimentos de escritórios, além do térreo, subsolo de garagem e mezanino.
Este último abriga uma área gourmet com cozinha e estar para uso cotidiano dos funcionários e visitantes. Conectado ao terraço externo, o espaço também recebe os churrascos e demais eventos de confraternização das empresas e colaboradores, além de oferecer uma vista privilegiada de 360º da cidade, potencializada pela localização do terreno, em uma área alta da cidade.
Fonte: Gazeta do Povo