Postado em 3 de maio de 2023 por sn-admin
Sede do escritório VAGA, o imóvel foi reformado com a preocupação de valorizar seus elementos originais, como o concreto
O Centro de São Paulo vem passando por um processo de revitalização, com iniciativas para trazer uma vida pulsante a quem circula por prédios, comércios, bares e restaurantes da região. Nesse contexto, a reforma da sede do escritório VAGA, no Edifício Vila Normanda, projetado por Lauro da Costa Lima em 1964, e vizinho de ícones da arquitetura – Copan, Terraço Itália e Praça da República –, entra nesse clima e se apropria da arquitetura local.
O imóvel comercial de 140 m² – praticamente abandonado – foi recuperado e atualizado pelos sócios Pedro Domingues, Pedro Faria e Fernando O’Leary, que tiveram a preocupação de não descaracterizá-lo, e, simm inseri-lo nessa nova vibe da região.
Por exemplo, o concreto original da estrutura do edifício foi mantido e ganhou o contraste com a madeira da marcenaria, além do piso de granilite branco com granilhas marrons, que remete a muitas construções icônicas da arquitetura modernista.
Compartimentado em pequenas salas separadas por divisórias, o imóvel contava também com piso elevado e forro de gesso. Ao retirar esses elementos, revelou-se a laje nervurada de concreto, que continha a madeira original da construção dos anos 1970.
A solução encontrada foi retirar esse madeiramento e recuperar certos pontos estratégicos das armações de aço existentes. Dessa forma, o teto, ao lado do piso, reforça a sensação de espaço único e integrado.
Um grande destaque do projeto é a vista que se formou após a integração dos espaços próximos às janelas frontais – voltadas para à avenida Ipiranga –, tornando-se uma espécie de “mirante” para o clássico entorno arquitetônico, além de trazer luz natural ao espaço com novas possibilidades de uso e ocupação. As áreas molhadas, por exemplo, foram reconfiguradas para receber três sanitários, uma copa e um anexo transformado em sala de reuniões.
Trabalhar com materiais de baixo custo e criativos também foi uma premissa do projeto, assim como criar uma peça de design para complementar a atmosfera. Os arquitetos desenharam, portanto, as luminárias de teto compostas por perfis galvanizados de mercado fixados no fundo da laje nervurada de concreto e suspendidas por um vidro jateado, que serve como difusor.
Fonte: Casa e Jardim