Postado em 17 de janeiro de 2024 por sn-admin
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado nesta quinta-feira (11) pelo IBGE, apresentou variação de 0,26% em dezembro, uma alta de 0,18 ponto percentual (p.p.) em relação a novembro (0,08%). Dessa forma, o ano fechou com alta de 2,55%, numa queda de 8,35 pontos percentuais em relação à taxa acumulada de 2022. O índice em dezembro de 2022 foi de 0,08%.
“Esta taxa é a menor desde o ano de 2014, período comparado para a série com a desoneração da folha de pagamento”, destaca o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira.
O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em novembro fechou em R$ 1.717,11, passou em dezembro para R$ 1.722,19, sendo R$ 1.001,89 relativos aos materiais e R$ 720,30 à mão de obra.
A parcela dos materiais apresentou variação de 0,27%, subindo 0,19 ponto percentual em relação a novembro, e registrando a segunda maior taxa da categoria no ano, ficando atrás apenas do mês de abril (0,42%). Considerando o índice de dezembro de 2022 (0,07%), houve aumento de 0,20 ponto percentual.
“No ano, o acumulado da parcela de materiais ficou em 0,06%, também registrando a menor taxa desde 2014”, analisa Oliveira.
Já a mão de obra com taxa de 0,24%, e reajuste observado em dois estados, também registrou alta, subindo 0,16 ponto percentual em relação tanto ao mês anterior (0,08%), quanto a dezembro de 2022 (0,08%).
“Chegamos ao fim de 2023 com resultados que indicam uma menor influência da parcela dos materiais e participação mais efetiva, mas dentro da normalidade, da parcela da mão de obra. Diferente do observado nos anos de 2020, 2021 e 2022”, destacou o gerente do Sinapi.
Com reajuste nas categorias profissionais, Piauí tem a maior variação
Com reajuste nas categorias profissionais, Piauí foi o estado que registrou a maior taxa em dezembro, 2,52%. No acumulado do ano, Amazonas foi o estado com a maior taxa, 6,80%.
A Região Centro-Oeste registrou a maior alta em dezembro. Influenciada pelo reajuste observado nas categorias profissionais no Mato Grosso, ficou com a maior variação regional mensal, 0,90%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,31% (Norte), 0,21% (Nordeste), 0,14% (Sudeste) e 0,25% (Sul).
Região Sul fica com o maior resultado acumulado para o ano de 2023
A Região Sul apresentou o maior resultado acumulado de 2023, 4,58%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 4,40% (Norte), 2,48% (Nordeste), 1,86% (Centro-Oeste), 1,68% (Sudeste).
Em relação ao acumulado de 2022, a região Centro-Oeste registrou queda de 12,7 p.p., passando de 14,6% em 2023 para 1,86% em 2022, maior queda entre as regiões, As demais regiões apresentaram as seguintes variações: -8,65p.p. (Sudeste), -8,30p.p. (Norte), -7,54p.p. (Nordeste) e -5,90 p.p. (Sul).
Mais sobre o Sinapi
O Sinapi, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e dies para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.
As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.
Consulte os dados do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil no Sidra. A próxima divulgação do Sinapi, referente ao mês de janeiro, será no dia 8 de fevereiro de 2024.
Fonte: Archdaily