Postado em 10 de abril de 2024 por sn-admin
Segundo levantamento, inteligência artificial aumentou a produtividade dos trabalhadores em 25% na média e 16% na mediana
Segundo balanço do ritmo da adoção da tecnologia nos Estados Unidos e de seus efeitos na economia do país até o momento feito pelo time de macroeconomia da Goldman Sachs, a inteligência artificial aumentou a produtividade dos trabalhadores em 25% na média e 16% na mediana.
“Relatórios anedóticos das companhias sugerem, da mesma maneira, grandes ganhos de eficiência,” diz o banco.
Um ano atrás, a estimativa era de que a produtividade do trabalho nos EUA crescesse 15% em um período de dez anos. Agora, de acordo com os analistas, a transformação na economia está em curso, mas os benefícios ainda estão concentrados nos early adopters.
Enquanto menos de 5% das empresas do país estão usando formalmente ferramentas de inteligência artificial generativa, este percentual é 2x ou 3x maior em setores como o financeiro e o de tecnologia da informação.
Entre as razões que dificultam a adoção mais acelerada da IA, conforme listam executivos em sondagens empresariais, estão a falta de conhecimento de como aplicar a tecnologia e preocupações com a privacidade. A Goldman, contudo, acredita que essas barreiras devem perder força nos próximos anos.
“A baixa adoção restringiu o impacto no mercado de trabalho, mas evidências preliminares sugerem que a IA está aumentando modestamente a demanda por pessoas e levou a uma perda negligenciável de empregos, portanto criando um ligeiro impulso positivo na contratação líquida,” afirmam os analistas do banco de investimento. Os early adopters, no entanto, obtiveram um “grande aumento na produtividade dos trabalhadores”.
De acordo com a Goldman, os investimentos em inteligência artificial, que têm se concentrado em hardware, deve alcançar US$ 250 bilhões em 2025, um valor que equivale a 9% de todos os investimentos que deverão ser feitos nos EUA.
“O aumento considerável dos investimentos em IA e os grandes ganhos de produtividade entre os early adopters sustentam nossa confiança de que a IA generativa representa um upside expressivo para a economia, porém o ritmo lento de adoção sugere que o impacto macroeconômico mais relevante ainda vai demorar alguns anos,” afirma o banco.
Com relação ao impacto no valor das empresas, a instituição financeira nota, ainda, que as valorizações ficaram concentradas nas companhias de hardware, como fabricantes de semicondutores, e de nuvem, um reflexo na alta da demanda por chips de IA e por data centers. “As prováveis beneficiárias dos ganhos de produtividade tiveram ganhos modestos,” declara.
Fonte: Administradores