Postado em 21 de maio de 2024 por sn-admin
Em resposta aos severos alagamentos que afetaram centenas de municípios no Rio Grande do Sul, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apresentou à Caixa Econômica Federal, um conjunto de propostas com medidas emergenciais para facilitar o provimento de moradia à população e a reconstrução do Estado. O documento foi entregue à vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês da Silva Magalhães, pelo presidente da CBIC, Renato Correia, durante reunião do Conselho de Administração, realizada na manhã da quarta-feira (15/05), na cidade de Brasília.
O conjunto de 16 medidas focam especialmente o acesso ao crédito para aquisição da casa própria. A CBIC propõe a redução de juros para aquisição, construção ou recuperação de imóveis; financiamento facilitado e ágil, além de carência de seis meses em contratos ativos e novas contratações. Para empresas, as propostas giram em torno do apoio à produção em andamento, com suspensão de juros, estímulo ao capital de giro e financiamento de máquinas e equipamentos de construção.
Segundo Renato Correia, o objetivo é fomentar a construção e recuperação de moradias, apoiar a recomposição do tecido empresarial e econômico do estado, e acelerar o retorno à normalidade social e econômica com geração de emprego e renda. “A implementação dessas medidas pela Caixa, dada sua vasta experiência e capacidade operacional, é vista como crucial para a reconstrução eficaz e rápida do estado, além de ser uma resposta significativa aos desafios impostos pela catástrofe. Já levamos propostas específicas ao Ministério das Cidades e deveremos levar também ao BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] e ao MDIC [Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços]”, resumiu o presidente da CBIC.
Caixa atenta – Representando o presidente da Caixa, Carlos Vieira, que está em missão internacional, Inês relatou os movimentos que o banco tem feito em apoio ao Rio Grande do Sul no sentido de apoiar o socorro aos gaúchos e destacou o papel da construção na recuperação do estado. “Agradecemos e vamos analisar cada uma das propostas aqui apresentadas. Já há um processo de preparo das medidas para a compra de imóveis que já estão em produção e prontos, entre outras ações que estão sendo discutidas, relacionadas ao FGTS, por exemplo. O presidente [da República, Luiz Inácio Lula da Silva], por exemplo, deve anunciar ainda hoje um auxílio imediato às famílias, lá no estado”, comentou.
A vice-presidente de Habitação da Caixa também ressaltou a relevância da preparação de longo prazo para a reconstrução dos imóveis e da economia gaúchas, levando em conta a resiliência climática, mas sem perder o foco no socorro e na recuperação imediata das condições mínimas de vida todos os atingidos.
Durante a reunião, a CBIC abriu espaço para que representantes de entidades associadas no Rio Grande do Sul pudessem relatar à vice-presidente da Caixa a situação das pessoas em diferentes municípios e como as empresas do setor vêm trabalhando, por exemplo, para liberar vias ou criar rotas alternativas para o resgate de pessoas e animais, ajuda humanitária a desabrigados e tráfego de veículos de transporte de mantimentos.
Foi o caso dos vice-presidentes da CBIC Claudio Teitelbaum e Ricardo Michelon, respectivamente vice-presidente e presidente do Sindicato da Indústria da Construção Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), que participaram a distância; e Olivier Chies, membro do Conselho Superior Sinduscon Caxias do Sul, que veio à capital federal para a reunião.
“Agradeço à CBIC, em nome dos nossos associados, por todo o apoio que vem sendo envidado a nós. O setor demonstra a cada momento seu compromisso em trabalhar conjuntamente com a Caixa e demais entidades para garantir que as ações propostas sejam implementadas de forma eficaz, assegurando a reconstrução do estado e a mitigação dos impactos dessa tragédia sem precedentes”, destacou Chies.
Fonte: CBIC