CBIC e TCU discutem necessidade de matriz de riscos para obras públicas

Postado em 25 de junho de 2024 por

Uma equipe da Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) participou de reunião com o secretário de Controle Externo de Infraestrutura do Tribunal de Contas da União (TCU), Rafael Simões, e outros gestores do órgão de controle, nesta terça-feira (18), em Brasilia, para apresentar o recém-concluído estudo da entidade sobre ‘Matriz de Riscos em Contratos de Obras Públicas’. O documento – que visa minimizar efeitos negativos de fatos novos em torno dos projetos e assim contribuir para a gestão eficiente de construções dessa natureza – foi bem recebida pela equipe do órgão de controle, que deve analisar as contribuições da CBIC para o tema.

“Idealizamos este manual buscando identificar 28 diferentes grupos de situações que podem e costumam impactar o andamento de obras públicas e endereçar a quem melhor pudesse gerenciar aquele determinado risco: a empresa contratada para executá-lo ou a administração pública”, explicou o vice-presidente de Infraestrutura da CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge. Ele apresentou o estudo juntamente com o advogado Fernando Vernalha, sócio-fundador do escritório Vernalha Pereira, que elaborou o documento.

Entre as categorias de risco elencadas estão danos; vícios construtivos; roubos, furtos e vandalismo em canteiros de obra; interferência de prestadores de serviços; presença de bens arqueológicos, históricos ou culturais; necessidade de seguros e garantias; mudanças regulatórias e tributárias; pandemias; e questões trabalhistas. Lima Jorge e Vernalha explicaram que a ideia de criar uma matriz de riscos é buscar eficiência para alocá-los em contratos e reduzir a judicialização de casos, aumento de custos para as partes ou mesmo a paralisação de empreendimentos.

“O encontro representou um avanço no diálogo contínuo que o setor desenvolve com o Tribunal em prol de mais segurança jurídica e empresarial para quem atua em infraestrutura no país e também um passo fundamental para nosso trabalho de identificar e solucionar gargalos para a produtividade e qualidade do setor em prol da população”, resumiu Lima Jorge. “O secretário Rafael Simões e a equipe do TCU foi muito solícita ao acompanhar nossa apresentação e discutir as ideias colocadas. Eles devem analisar nosso conteúdo e nos retornar com o que acharem pertinente”, destacou.

Ainda de acordo com o vice-presidente de Infraestrutura da CBIC, a intenção da entidade é apresentar também o material ao Governo Federal e aos governos estaduais e municipais, ainda este ano, fomentando o debate sobre a relevância da alocação de riscos em obras públicas.

Também participaram do debate, como membros da Coinfra da CBIC, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (SICEPOT-MG), Bruno Baeta, o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), Vinícius Benevides; o superintendente executivo e o assessor de relações institucionais e governamentais, da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (ANEOR), Geraldo Lima Hideraldo Caron; e o gestor de projetos da Comissão, Hugo França. Pelo TCU, estiveram presentes auditores-chefes, diretores, adjuntos e assessores das áreas de Portos, Aeroportos, Rodovias e Ferrovias.

Clique aqui e confira a íntegra do estudo.

O tema tem interface com o projeto ‘Segurança Empresarial como Ferramenta para Geração de Empregos, Redução das Desigualdades Sociais, Desenvolvimento Sustentável da Competitividade e Inovação no Setor de Infraestrutura’, da Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Fonte: CBIC