Postado em 1 de julho de 2024 por sn-admin
Nesta sexta-feira (28), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) divulgou mais um informativo econômico. Segundo a pesquisa, mais de 40% das novas vagas criadas na Construção Civil, em maio de 2024, foram preenchidas por trabalhadores com idade até 24 anos, segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Em maio, o setor gerou 18.149 novos empregos com carteira assinada, dos quais 43,75% foram ocupados por jovens até 24 anos. Se considerarmos uma faixa etária um pouco maior, observa-se que 54,54% das novas vagas foram preenchidas por pessoas com até 29 anos, indicando uma forte busca dos jovens pelo mercado de trabalho no setor.
De acordo com o Novo Caged, o salário médio de admissão na Construção Civil em maio foi de R$2.290,41, o maior entre os grandes segmentos da economia, superando a Indústria Geral (R$2.243,03), a Indústria da Transformação (R$ 2.287,04), o Comércio, reparação de veículos automotores e bicicletas (R$1.885,70) e os Serviços (R$2.199,08). Este valor também é superior ao salário médio de admissão geral da economia, que ficou em R$2.132,64.
### Crescimento Sustentado e Desafios do Setor
A Construção Civil vem registrando saldos positivos há cinco meses consecutivos, com admissões superando demissões, o que tem aumentado o número de trabalhadores formais no setor. Em maio de 2024, o setor se aproximou ainda mais da marca de três milhões de empregos com carteira assinada, totalizando 2,907 milhões de trabalhadores, o maior número desde novembro de 2014.
Apesar dos desafios, como altas taxas de juros, perda de recursos da caderneta de poupança, falta ou alto custo de trabalhadores capacitados e elevados custos com materiais de construção, as expectativas para o setor são positivas. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) prevê um crescimento de 2,3% no PIB do setor em 2024. O retorno das obras do padrão econômico, a resiliência do mercado de trabalho nacional e as projeções de crescimento econômico são fatores que contribuem para essa perspectiva.
### Distribuição das Novas Vagas e Desempenho Regional
Dos 18.149 novos empregos criados em maio de 2024, 6.204 foram na Construção de Edifícios, 6.620 em Obras de Infraestrutura e 5.325 em Serviços Especializados para Construção. De janeiro a maio de 2024, o setor gerou 159.203 novos empregos em todo o país, um aumento de 7,08% em relação ao mesmo período do ano anterior (148.674).
O estado de São Paulo foi o maior gerador de novos empregos na Construção, com 43.743 novas vagas, representando 27,48% do total de novos postos criados no setor nos primeiros cinco meses do ano. Apenas dois estados, Rondônia e Piauí, apresentaram números negativos no período.
### Importância da Construção Civil no Mercado de Trabalho
Em maio de 2024, o Brasil possuía 46,606 milhões de trabalhadores com carteira assinada, dos quais 6,24% eram da Construção Civil. De janeiro a maio, foram gerados 1,089 milhão de novos empregos no país, com 14,62% deles (159 mil) na Construção Civil. Esses números destacam a importância do setor no mercado de trabalho nacional.
Todos os segmentos da Construção registraram resultados positivos nos primeiros cinco meses do ano. A Construção de Edifícios gerou 67.622 novos empregos, um aumento de 21,68% em relação ao mesmo período de 2023. Os Serviços Especializados para Construção cresceram 18,45%, passando de 44.261 novos empregos de janeiro a maio de 2023 para 52.428 em 2024. Já as Obras de Infraestrutura geraram 39.163 novas vagas, uma retração de 19,84% em relação ao ano anterior, possivelmente influenciada pelo ano pré-eleitoral de 2023.
### Perspectivas para o Futuro
Apesar dos resultados positivos, houve uma desaceleração na criação de novos empregos em maio de 2024, com 18.149 novos postos, o menor número do ano. Será importante acompanhar os resultados dos próximos meses para determinar se essa desaceleração é uma tendência ou um fenômeno pontual, visto que um movimento semelhante foi registrado em outras atividades econômicas do país.
Fonte: CBIC