Postado em 28 de agosto de 2024 por sn-admin
Tem muito executivo por aí se deixando levar por modismos. Saiba o que é preciso avaliar antes de escolher essa abordagem – que não é para qualquer empresa.
Por coincidência ou não, nas últimas semanas tive algumas conversas com executivos que estavam estudando a implementação da abordagem skill-based nas suas empresas. Detalho esse modelo mais à frente, mas meu objetivo aqui é chamar atenção para um aspecto da fala acima: aparentemente, a escolha da estratégia de gestão de talentos não vinha acompanhada de um conhecimento um pouco mais estruturado sobre o assunto.
Vivemos movimentos corporativos que invadem o mercado e que possuem uma força gravitacional que atrai conselhos e diretorias – não só no mundo do RH, é importante ressaltar. Grande parte das vezes, são ideias interessantes, que deram muito certo em algumas organizações, mas que não são soluções aplicáveis para todo o mercado. Em resumo, são tendências que entram na moda, rendem artigos e palestras, e acabam chamando nossa atenção.
Vejo a proposta da organização baseada em habilidades (ou skill-based organization) como um dos trending topics da vez. Pode-se dizer, de uma maneira simplificada, que é uma evolução do modelo de gestão por competências. Contudo, ela traz uma mudança mais importante no modo como as empresas pensam seu sistema operacional de talentos.
Gosto muito desse artigo da Deloitte, um dos primeiros a propor o modelo de maneira mais estruturada. O subtítulo explica no que consiste a grande mudança: “O elemento mais fundamental do trabalho – o cargo – pode estar prejudicando muitas organizações. Em vez disso, muitas estão agora aplicando modelos baseados em habilidades para atender à demanda por agilidade, autonomia e equidade”.
Em linhas gerais, a intenção dessa abordagem é compreender quais são as habilidades necessárias para cada função e, a partir daí, fazer as contratações internas e externas a partir de perfis que demonstrem possuí-las. Esse modelo tem o potencial de gerar mobilidade, maior engajamento, melhor alocação de talentos e agilidade na realização de projetos.
Fonte: Você RH