Desoneração da folha reduz custo da construção civil, mas setor ainda enfrenta aumentos de preço

Postado em 20 de setembro de 2024 por

Quando comparado sem a desoneração da folha de pagamentos, o preço sobe ainda mais, o que impede o setor de se tornar mais acessível.

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), que calcula os custos da construção civil no Brasil, divulgado na quarta-feira (11) pelo IBGE, mostrou um aumento de 0,63% em agosto de 2024, maior que os 0,40% de julho. Esse aumento é o mais alto desde agosto de 2022.

No acumulado de 12 meses, o índice chegou a 3,12%, acima dos 2,66% registrados no mesmo período do ano anterior.

O custo médio nacional da construção civil em agosto de 2024 foi de R$ 1.767,09 por metro quadrado, com R$ 1.014,31 para materiais e R$ 752,78 para mão de obra.

O maior aumento foi na mão de obra, que subiu 0,81% devido a dois acordos coletivos, enquanto os materiais aumentaram 0,50%. Ambos os itens tiveram alta em relação a julho, que registrou 0,53% para mão de obra e 0,30% para materiais.

Para efeito de comparação, em agosto de 2023, a mão de obra subiu 0,64% e os materiais caíram 0,14%, o aumento em 2024. De janeiro a agosto de 2024, os materiais subiram 1,26%, enquanto a mão de obra aumentou 4,49%.

Nos últimos 12 meses, os aumentos acumulados foram de 1,41% para materiais e 5,53% para mão de obra.

Diferença nos custos com e sem desoneração da folha
A pesquisa também mostrou os custos da construção civil levando em conta a desoneração da folha de pagamento.

Com a desoneração, o custo médio por metro quadrado foi de R$ 1.767,09. Sem a desoneração, o valor aumenta para R$ 1.882,79.

As variações percentuais mensais também foram impactadas. Com a desoneração, a alta em agosto foi de 0,63%, enquanto sem a desoneração foi um pouco maior, 0,64%. No acumulado do ano, os custos com desoneração subiram 2,61%, contra 2,71% sem a desoneração. Em 12 meses, os valores ficaram em 3,12% com desoneração e 3,26% sem desoneração.

Desempenho regional
A região Sul teve a maior alta mensal em agosto de 2024, com 1,82%, impulsionada por acordos coletivos em seus três estados. O Paraná registrou a maior alta do país, com 2,84%, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 1,42%. Nas outras regiões, as altas foram: 0,41% no Norte, 0,38% no Nordeste, 0,58% no Sudeste e 0,14% no Centro-Oeste.

Quando considerados os custos sem a desoneração da folha de pagamento, os números são maiores em todas as regiões. No Sul, o custo médio por metro quadrado sem desoneração foi de R$ 2.022,44, uma alta de 2,03% no mês, em comparação com R$ 1.891,57 com desoneração. No Paraná, o custo sem desoneração chegou a R$ 2.031,67, com uma variação de 3,16% em agosto.

Fonte: JCEpoch Time