Postado em 27 de junho de 2025 por sn-admin
Levantamento da ABRH Brasil mostra que modelo empata com regime presencial e ganha força como padrão no mercado.
A rotina de trabalho nas empresas brasileiras segue em transição. Modelos 100% presenciais e totalmente remotos perdem espaço, enquanto o regime híbrido se consolida como prática comum no mercado.
De acordo com a 4ª edição da pesquisa O Cenário do RH no Brasil, realizada pela ABRH Brasil em parceria com a Umanni, 46,2% das empresas adotam o modelo híbrido, praticamente empatado com as que mantêm regime totalmente presencial (46,6%). Apenas 7,3% operam exclusivamente em home office. Os dados, divulgados em 2025, refletem o cenário de 2024.
Um estudo da Muvita Coworking, feito na região do ABC paulista, confirma a tendência. Entre os entrevistados, 33,8% já trabalham em modelo híbrido. Desse grupo, 60% pretendem manter esse formato ao longo do ano. A presença física nos escritórios varia entre uma e três vezes por semana.
Empresas buscam produtividade sem abrir mão de flexibilidade
A adoção do trabalho híbrido tem impacto direto na produtividade e no bem-estar dos funcionários. A redução do tempo gasto com deslocamentos e a possibilidade de uma rotina mais equilibrada aparecem entre os principais fatores positivos.
Segundo Renata Bottura, cofundadora da Muvita Coworking e especialista em ambientes de trabalho flexíveis, o modelo híbrido representa um ponto de equilíbrio entre desempenho e qualidade de vida. “A experiência recente com o home office mostrou que a flexibilidade aumenta o bem-estar, mas também revelou limites, principalmente na construção de cultura organizacional”, afirma.
Para ela, o desafio das empresas está em manter uma cultura forte mesmo com menos convivência presencial. “Sem uma base clara de valores e objetivos, o risco de perda de engajamento e desalinhamento estratégico é alto”, diz Bottura.
Fonte: Carta Capital