Postado em 31 de outubro de 2025 por sn-admin

Para arquitetos e engenheiros, o Brutalismo é um movimento que exprime a honestidade dos materiais e a expressividade da estrutura. Originário do termo francês “béton brut” (concreto bruto), ele rejeita o ornamento em favor de formas geométricas puras e volumes maciços.
Na África, esse estilo ganha uma camada extra de significado, transformando-o em um poderoso instrumento de afirmação cultural e resposta ao contexto pós-colonial.
Por Que o Brutalismo Africano é um Case de Estudo:
A Estética da Resistência: O movimento valoriza materiais pesados e resistentes, como o concreto aparente. Esta estética robusta, por vezes descrita como “fria”, é revalorizada como um símbolo de permanência e solidez em um cenário de rápida mudança.
Funcionalidade e Honestidade: A arquitetura brutalista africana prioriza a funcionalidade e a praticidade, utilizando recursos robustos e, muitas vezes, mais acessíveis. O programa determina a forma, e a estrutura é frequentemente exposta, seguindo o princípio de que “a forma segue a função”.
Expressão Cultural Autêntica: Em vez de replicar estilos coloniais ou estrangeiros, o Brutalismo permitiu a muitos arquitetos e construtores expressarem uma identidade visual autêntica. A ênfase na textura e na forma geométrica pura dos materiais locais (como o concreto e, em outros casos, o barro) cria um design de vanguarda que é simultaneamente funcional e historicamente relevante.
O Brutalismo, em sua essência africana, é um manifesto que prova que o design visionário pode coexistir com a história e a utilidade, rejeitando o supérfluo e focando na verdade estrutural. É um convite a repensar como a arquitetura pode ser um agente de transformação cultural e social.
Fonte: Revista Casa e Jardim

