Postado em 17 de dezembro de 2025 por sn-admin
A cada novo ano, cresce a curiosidade sobre o que estará em evidência — seja na moda, na beleza ou na decoração. E quando o assunto é decoração para 2026, o sentimento é claro: em um mundo cada vez mais acelerado e digital, nossas casas assumem um papel ainda mais essencial — o de refúgio.
Os espaços passam a priorizar sensações de calma, acolhimento e conexão. Ambientes excessivamente frios, minimalistas e impessoais dão lugar a propostas mais naturais, sensoriais e humanas. O bem-estar, o cuidado com o planeta e a responsabilidade ambiental impulsionam um design mais consciente, pensado para acolher quem vive ali e respeitar o entorno.
Mais do que seguir tendências, buscamos casas com identidade, que contem histórias, expressem afetos e reflitam o estilo de vida de quem as habita. A partir desse olhar, a arquiteta Ana Rozenblit, do escritório Spaço Interior, aponta as cinco grandes apostas que devem marcar a decoração em 2026.
## Decoração 2026: tendências para investir
### Cores, materiais e sensações: aconchego, natureza e verdade
Em 2026, a paleta ganha tons que envolvem e acolhem. Terracota, argila, verde oliva, bege quente, nuances amadeiradas e azuis suaves aparecem como protagonistas, criando ambientes mais serenos e convidativos.
Os materiais acompanham essa proposta: madeiras em tons mais profundos, linho, palhinha, fibras naturais e texturas orgânicas constroem espaços que convidam à pausa. O resultado é aquela sensação imediata de chegar em casa e respirar fundo.
O feito à mão também ganha destaque. Imperfeições, marcas do tempo, peças artesanais e texturas naturais passam a ser valorizadas como expressão de autenticidade — pequenas poesias visuais que tornam cada ambiente único.
### Formas, móveis e interiores: curvas, flexibilidade e personalidade
As linhas retas dão espaço a formas mais suaves e orgânicas. Móveis curvos, peças com aparência escultural e volumes fluidos passam a compor salas, quartos e áreas sociais.
A funcionalidade, porém, segue como prioridade. Móveis modulares, soluções embutidas e layouts adaptáveis atendem à dinâmica das cidades e dos apartamentos compactos. Um detalhe importante: elementos clássicos retornam de forma elegante, como molduras, painéis, rodapés trabalhados e sancas, trazendo profundidade e sensação de ambiente bem-acabado.
### Sustentabilidade, biofilia e consciência ambiental
A sustentabilidade deixa de ser tendência e se consolida como compromisso. Em 2026, cresce o uso de materiais reciclados, tintas menos tóxicas, soluções de baixo impacto ambiental e projetos energeticamente eficientes.
O design biofílico se fortalece ainda mais, aproximando interior e exterior por meio de plantas, grandes aberturas, integração com áreas verdes, pedras naturais e fibras vegetais. Essas escolhas impactam diretamente o bem-estar, a qualidade do ar, a luz e a energia dos ambientes.
A tecnologia segue presente, porém discreta: automação inteligente, iluminação sensível ao uso e sistemas invisíveis que facilitam a rotina sem interferir na estética.
### Individualidade, curadoria e estilo pessoal
A casa de 2026 valoriza o que é único. Mais do que ambientes “perfeitos”, surgem espaços cheios de significado. Objetos artesanais, peças vintage, lembranças de família e itens afetivos ganham protagonismo na decoração.
Os interiores assumem um olhar curatorial, no qual cada escolha tem intenção. Arte, composições pessoais e móveis com história constroem ambientes autênticos. É o auge do maximalismo equilibrado: camadas de textura, cor e luz convivendo de forma harmônica, sem excessos.
### Arquitetura e tecnologia: casas que evoluem com a vida
A arquitetura de interiores acompanha as transformações do cotidiano com projetos flexíveis, funcionais e duradouros. Ambientes integrados, soluções multifuncionais e armazenamento inteligente se tornam indispensáveis.
A tecnologia aparece como aliada silenciosa — climatização, sensores, automação e iluminação dinâmica trabalham a favor do conforto, sem transformar a casa em um espaço excessivamente tecnológico.
Mais do que nunca, cresce a valorização de uma arquitetura consciente: espaços pensados para durar, se adaptar às mudanças da vida e oferecer conforto real ao longo dos anos.
Fonte: Steal The Look
