Postado em 5 de agosto de 2022 por sn-admin
A iniciativa já arrecadou R$ 3,8 bilhões investidos em obras viárias, canalização de córregos, áreas de lazer e construção de moradias populares
A Prefeitura de São Paulo vendeu 100% dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada oferecidos no leilão na B3 desta terça-feira, 26, movimentando R$ 512 milhões. A oferta foi de 160 mil títulos imobiliários que partiram do preço mínimo de R$ 2.261. Com demanda elevada, o preço foi a R$ 3,2 mil, o equivalente a um ágio de 41,5%.
O leilão teve 23 compradores. Entre eles, empresas tradicionais da incorporação imobiliária paulistana, como JHSF, Eztec e Even, segundo fontes de mercado. A compra dos títulos dá uma noção do apetite dessas empresas por empreendimentos na zona sul da cidade. Procuradas, as empresas não comentaram. Do lado das corretoras, a liderança foi da Genial (39,19% do volume de títulos negociados), seguido por BTG Pactual (32,62%) e Bradesco (28,19%).
A expectativa era que o leilão fosse bastante movimentado, como de fato ocorreu. O último certame da região foi em 2012, o que gerou uma demanda reprimida por esses títulos ao longo da última década. Sem os títulos imobiliários, os incorporadores que compraram terrenos na região não conseguiram lançar os empreendimentos planejados.
Leilão deveria ter acontecido em 2020
Um leilão estava previsto para o fim de 2020, mas o Tribunal de Contas do Município contestou o valor originalmente fixado pela Prefeitura, de R$ 1.450, por considerar muito baixo. A Corte também vetou a oferta de um lote maior, de 320 mil Cepacs, por considerar que isso poderia desvalorizar os títulos e comprometer a arrecadação dos cofres públicos.
Os Cepacs são títulos que permitem às incorporadoras erguerem prédios acima dos limites originais de cada bairro. Os recursos arrecadados pelos cofres públicos vão para obras de infraestrutura e mobilidade na região.
A Operação Urbana Água Espraiada abrange as regiões de Jabaquara, Campo Belo, Itaim Bibi, Morumbi, Vila Andrade e Santo Amaro. Criada há mais de 20 anos, já arrecadou R$ 3,8 bilhões investidos em obras viárias, canalização de córregos, áreas de lazer e construção de moradias populares. Um exemplo é a construção da Ponte Octávio Frias de Oliveira, a famosa Ponte Estaiada.
Fonte: Imóveis Estadão