Postado em 6 de março de 2024 por sn-admin
Por muito tempo, o empresário brasileiro enxergou seu concorrente como inimigo, alguém que apresentava riscos à sobrevivência do seu negócio. “É algo cultural, mas que também refletia a insegurança de muitos empreendedores”, afirma Kleber Rosa Lima, analista de negócios do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em São Paulo.
As coisas começaram a mudar quando as organizações se viram diante de marcos de avanços tecnológicos, práticas gerenciais profissionalizadas e amadurecimento do comportamento dos consumidores – que pesquisam e têm mais informações de compra. Estar sozinho passou a ser sinônimo de ficar para trás.
Para driblar os desafios de mercado, as alianças estratégicas se tornaram opção para quem precisa lidar com limitações de recursos, mão de obra e infraestrutura em suas operações. “Ao trabalhar em parceria, tendo um sistema associativista como base de apoio, as empresas ampliam a capacidade de encontrar soluções para problemas comuns”, afirma o superintendente-geral da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), Natanael Miranda dos Anjos.
Frequentes entre grandes companhias, acordos colaborativos ocorrem cada vez mais entre micro, pequenas e médias. Podem ser por joint ventures, em que cada negócio mantém sua própria identidade, fusões societárias ou até criação de uma terceira empresa.
Os benefícios imediatos incluem maior poder de negociação com fornecedores e visibilidade. Com o tempo, a colaboração auxilia no crescimento do número de clientes e no desenvolvimento de produtos e serviços. No longo prazo, ajuda a tornar a reputação mais sólida e proporcionar mais sustentabilidade financeira.
No entanto, há ameaças que devem ser consideradas. A gestão malsucedida da parceria pode levar à dependência excessiva e à estagnação. Saiba, a seguir, como construir uma, minimizando os riscos.
Em busca de uma aliança
Na procura por parcerias para alavancar seu negócio, a dica é não se limitar a pesquisas na internet. A prospecção pode ser feita em rodadas de negócios, feiras e congressos do seu segmento.
Vale também examinar o que as empresas de outras áreas estão fazendo, afirma o analista do Sebrae. “É possível identificar algo que esteja funcionando em outro mercado e implementar no seu para se destacar dos concorrentes”, diz Lima.
Não é regra identificar apenas parceiros que sejam do mesmo tamanho. Hoje, há um movimento de grandes empresas interessadas nas soluções oferecidas pelas pequenas.
Fonte: Revista PEGN