Postado em 3 de maio de 2024 por sn-admin
CASAS • CURITIBA, BRASIL
Arquitetos: Luiz Volpato
Área: 454 m²
Ano: 2021
Fotografias:Estúdio Eduardo Macarios
A encomenda do cliente, pautada na criação de uma residência para uma família pequena em um contexto de propriedades de grande escala, apresentou-se como um desafio projetual singular. Essa necessidade de escala e volumetria do entorno imediato, junto à forte declividade do terreno, a orientação geográfica e a presença de um grande bosque nos fundos do lote levaram a estratégia projetual e de implantação: um prisma básico elevado sintetizou a solução para atender todas as premissas iniciais.
A topografia do terreno, com seu declive acentuado, oferecia uma oportunidade única de integrar a casa à paisagem natural, aproveitando as vistas e a bordadura da mata que o demarca para criar privacidade e conexão com a natureza. Este equilíbrio cuidadoso entre escala, topografia e clima seria essencial para criar um espaço que não apenas atenda às necessidades da família, mas também enriqueça o tecido do condomínio e a relação com o meio ambiente. Sem maiores formalismos o volume foi configurado de forma rígida, flutuando na paisagem e apoiado minimamente sobre o embasamento que abriga o piso da garagem e a academia. Os visitantes desde sua entrada perceberão em primeiro momento a forte interação da implantação com o terreno natural, para somente após esta constatação, acessarem a residência propriamente dita, através de uma escada escultural. A disposição dos espaços interiores valoriza a relação das áreas sociais e de convívio. Com esse objetivo as áreas da cozinha gourmet, jantar, e living foram integradas em um grande espaço com dupla altura e intimamente ligados à natureza através de grandes superfícies envidraçadas.
No nível superior foram projetados os dormitórios. E, recebendo as mesmas características espaciais das áreas de convívio, está a valorizada suíte principal. O sistema construtivo foi resolvido com uma estrutura metálica, usando perfis padronizados e lajes em steel-deck. Esse sistema permitiu salvar vãos com apoios mínimos, reduzindo a quantidade de elementos estruturais que tocam o solo e viabilizando os balanços das fachadas, conferindo leveza e a desejada permeabilidade visual orientada ao bosque. A fachada frontal foi projetada com um jardim elevado, semifechado e está revestida por uma malha metálica de alumínio que recompõe a pureza da volumetria do prisma. Já a fachada posterior foi resolvida com grandes superfícies envidraçadas aportando uma abertura e possibilitando integração plena com o bosque.
Fonte: Archdaily