Arquiteto fala sobre tendência do design biofílico e dá dicas para utilização nos ambientes

Postado em 25 de maio de 2021 por

Segundo o especialista, nova tendência do design está ligada à neuroarquitetura e à necessidade do ser humano de buscar contato com ambientais naturais.

O design biofílico vem ganhando força no mercado de arquitetura. O conceito consiste em utilizar, em ambientes residenciais e comerciais, elementos que remetam à natureza.

Segundo o arquiteto Carlos Alberto Gomes Filho, de São José do Rio Preto (SP), a nova tendência do design está ligada à neuroarquitetura e à necessidade do ser humano de buscar contato com ambientais naturais.

“A biofilia é a necessidade que as pessoas têm em se conectar com a natureza. Esse termo está integrado à neuroarquitetura, que estuda a influência dos ambientes no cérebro humano”, explica.

“A gente sempre recorre à natureza para se reenergizar. E como hoje em dia passamos boa parte dos nossos dias em ambientes fechados, o design biofílico propõe inserir nos ambientes elementos, materiais, formas e vegetações que remetam a ambientais naturais”, completa.

Ainda de acordo com o especialista, apesar do crescimento do design biofílico em todo o mercado, a tendência está mais relacionada a ambientes corporativos.

“Como o conceito está ligado à neuroarquitetura, o design biofílico está sendo mais utilizado nas áreas comerciais. São feitos estudos para tentar desenvolver o melhor bem-estar dos colaboradores e das pessoas que vão usar os ambientes.”

Dicas

Em entrevista ao G1, o arquiteto explicou que o design biofílico não consiste apenas na inserção de plantas e vegetações nos ambientes. Segundo ele, há outras formas indiretas de criar o conceito.

“O modo indireto do uso do design biofílico seria a utilização de materiais, determinadas cores e iluminação natural. Cores terrosas; uso de madeira, seja em móveis, no piso ou até mesmo como papel de parede; tapetes com desenhos que remetam a elementos da natureza, como pedras e areia; e texturas são alguns exemplos.”

Segundo Carlos Alberto, além da inserção de vegetações vivas, também há a opção de plantas artificiais.

“No caso de plantas artificiais, usamos as mais realísticas, que dão a impressão de ser natural, mas que não precisam desse cuidado, no máximo uma limpeza”, completa o especialista.

Para que o ambiente seja harmônico, o profissional destaca a importância da contratação de um arquiteto para estudar o local e como unir os elementos que remetem à natureza.

Fonte: www.g1.globo.com