Quando o líder é o gargalo: cinco sinais de que seu estilo trava o crescimento da empresa

Postado em 5 de setembro de 2025 por

Fundadores que centralizam decisões e não delegam podem comprometer a escala do negócio, aponta especialista

Escalar um negócio é o desejo de quase todo fundador, mas muitas vezes o maior obstáculo está dentro da própria liderança. A consultora Carol Schultz, fundadora e CEO da Vertical Elevation, alerta para um padrão recorrente: empreendedores que desejam expandir suas empresas acabam se tornando o maior gargalo no processo. 

Segundo ela, o apego excessivo ao controle e a dificuldade em delegar funções podem comprometer resultados e até afastar talentos estratégicos. Veja, a seguir, cinco sinais de manias que podem estar atrapalhando sua empresa de alavancar. As informações foram retiradas do portal Inc.

1. Centralização das decisões
Um dos sinais mais claros de que o líder se tornou o gargalo é quando todas as decisões passam por ele. 

Schultz cita o exemplo de um engenheiro que, ao lançar sua primeira empresa, exigia aprovação até para escolhas de marketing, uma área fora de sua expertise. 

Ao vetar sugestões da equipe, ele não apenas comprometeu campanhas, mas também abalou a confiança interna. Esse comportamento transmite a mensagem de que o gestor não confia em seus profissionais, minando a autonomia necessária para que a organização cresça.

2. Perda de foco estratégico

Outro indício é quando o fundador passa a maior parte do tempo em tarefas operacionais, respondendo e-mails e participando de reuniões, em vez de direcionar esforços à estratégia de longo prazo. 

Schultz afirma que, quando menos da metade do tempo do líder é dedicada à visão estratégica, a empresa deixa de avançar e o gestor corre o risco de se tornar apenas um “gerente de tarefas”, perdendo o papel de guia do negócio.

3. Agenda sobrecarregada

Uma agenda lotada de compromissos e atividades que poderiam ser delegadas é outro sintoma do excesso de centralização. 

4. Perda de talentos-chave

A falta de autonomia impacta diretamente na retenção de talentos. Schultz relata que, no caso do engenheiro citado, um de seus principais designers pediu demissão justamente pela dificuldade de trabalhar com liberdade. 

Profissionais de alto desempenho buscam independência para executar suas funções. Quando ela não existe, a saída se torna inevitável, e a empresa perde peças fundamentais para o crescimento.

5. Crescimento caótico

Escalar o negócio deve ser um processo estruturado, mas quando a expansão gera mais ansiedade do que organização, é sinal de que a liderança não preparou sistemas adequados. 

Segundo Schultz, a ausência de processos claros e a sobrecarga no fundador geram um crescimento desordenado, que mais compromete do que fortalece a empresa.

Fonte: Exame