Moura Dubeux: analistas projetam alta de até 85% nas ações

Postado em 23 de abril de 2021 por

Analistas estão otimistas com os papéis da Moura Dubeux (MDNE3), empresa que realizou seu IPO (Oferta Pública de Ações) no ano passado e atua na região Nordeste do país.

O Bradesco BBI iniciou a cobertura das ações da construtora com recomendação outperform, ou seja, elevação acima da média do mercado, e preço-alvo de R$ 16, o que implica potencial de valorização de 85%.

De acordo com a dupla Bruno Mendonça e Pedro Lobato, que assinam o documento, a prévia operacional do primeiro trimestre pode ser um catalisador para elevar ainda mais o desconto, uma vez que a operação positiva no segundo semestre de 2020 deve começar a se refletir nos resultados.

“Também vemos menores riscos de execução, já que a Moura Dubeux é líder de mercado na Região Nordeste (segundo maior mercado imobiliário do país), onde esperamos uma competição menor em comparação com a cidade de São Paulo”, apontam.

Ao todo, a região responde por 28% da população do Brasil (57 milhões de pessoas) e 14% do PIB de 2019.

“A Moura Deubeux tem uma participação de mercado líder na maioria das capitais da região, liderando em Recife, Fortaleza e Natal, e um dos líderes em Salvador, onde a competição é formada por pequenas empresas locais, ampliando a escala da empresa como diferencial competitivo”, argumentam.

Já o BB Investimentos, que também iniciou a cobertura das ações da empresa, destaca a experiência de mercado da Moura e afirma que a companhia tem uma atuação diversificada.

“A Moura Dubeux é prestadora de serviços de construção para empreendimentos imobiliários de terceiros (condomínios), modelo que navegou muito bem durante a crise, pois não está sujeito aos mesmos riscos de incorporação tradicional”, diz.

Além disso, a corretora lembra que o banco de terrenos na companhia está atualmente em R$ 3,5 bilhões de VGV (valor geral de vendas) bruto potencial.

“Mesmo com impactos da pandemia, a atual posição de caixa da companhia, resultante da amortização das dívidas com os recursos obtidos em seu IPO, ainda se mantém confortável”, afirma a analista Kamila Oliveira, que assina o relatório.

Apesar disso, o BB cita alguns riscos para o investidor ficar de olho, como mudanças no cenário macroeconômico, aumento da concorrência na região Nordeste e escassez ou maiores custos de insumos.

A corretora também tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 14,50, o que implica potencial de cerca de 60%.

Fonte: Money Times